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O que é preciso dizer? | Ricardo Chester

Para meu caro colega criativo recém-chegado ao mundo da propaganda ou para aquele que tá chegando.
Existe um atalho muito interessante para facilitar a vida de quem tem que criar e aprovar uma campanha.
O atalho nada mais é que uma resposta a uma pergunta muito simples.
A pergunta é: “o que é preciso dizer?”
A respostas é o trabalho que você tem que apresentar e aprovar.
“O que é preciso dizer?” cole nessa pergunta durante a vida toda. E deixe essa pergunta colar em você, a vida toda.
Eu cheguei a colar essa pergunta literalmente na tela do meu computador. Pegava os jobs, estraía a tal respostas, imprimia, recortava e colava no canto da tela.
A cada título ou roteiro que escrevia, lia “o que é preciso dizer”.
Se o trabalho estivesse alinhado com aquilo, o trabalho era apresentável ao meu chefe.
Se não, não.
Fiz isso durante anos.
Quer dizer, faço isso há décadas, desde que ouvi atentamente a dica de um dos meu primeiros grandes diretores de criação, o Tião Teixeira, ainda na década de 90, quando trabalhávamos para a Prefeitura de São Paulo.
Tião, com seu pragmatismo encantador, me dizia: “Chester, isso aqui parece criativo mas é um lixo. Simplesmente porque não diz o que é preciso dizer. O dia que você entender o que é preciso dizer, você será um publicitário. Até lá, apenas um garoto impertinente. Só isso”.
Evidentemente, eu era um garoto impertinente na época em que ouvia isso.
Saia com o ouvido duro, claro, mas aos poucos Tião Teixeira ia chegando onde queria: fazer sua equipe de garotos entender que o importante era dizer o que era preciso ser dito nos trabalhos.
Ok.
Todos nós recebemos briefings todos os dias.
Se nnao estiver claro ali o que “é preciso dizer”, devolva. Debata. Discuta. Chame o atendimento, o planejamento, o garçom da agência, faça os diabos. Mas não comece um job sem entender claramente e de maneira pactuada com os outros departamentos envolvidos na campanha “o que é preciso dizer”.
Arranque a tal frase que você deve colar no canto da sua tela.
Isso vai facilitar muito sua vida.
Na hora de criar, na hora de apresentar o trabalho, seja para seus chefes, seja para o seu cliente. “O que é preciso dizer”.
Quem já trabalhou comigo sabe que antes mesmo da galera me mostrar trabalhos eu abro a conversa pedindo que a equipe me explique “o que é preciso dizer”.
Várias vezes alguns de meus jovens colegas criativos engasgavam logo na saída.
Ou seja, não conseguiam sequer explicar o que tinham que dizer naquele trabalho.
Então eu nem via o trabalho.
Pedia que o time voltasse para a mesa, debatesse um pouco mais sobre o que era preciso dizer e depois sim voltasse com suas sugestões.
Isso rendeu muita cara feia.
Mas eu não me importava. Porque o importante era “o que era preciso dizer”. Faça o teste no seu próprio trabalho.
Deixe uma frasezinha embaixo do seu teclado.
A cada título, ideia ou roteiro, volte nela e dê uma lida.
Aos poucos isso vai entrando pro seu modo automático e sua vida fica mais imples, porque os jobs começa a sair com mais fluidez.
“O que é preciso dizer” também ajuda muito na hora de apresentar uma campanha no cliente.
Várias vezes também usei o seguinte método: pedia ao atendimento que imprimisse bem grande os principais pontos do briefing. Bem grande mesmo. O suficiente pra que esta folha ficasse em pé num cavalete.
Abria a reunião relembrando os pontos do briefing. Mas fazia questão de deixar o cavalete lá, exposto, durante toda a apresentação.
E pedia aos clientes: por favor, a cada ideia que contar aqui contestem com o que vocês lêem aqui nesse cavalete. Porque se a ideia não for coerente com isso aqui, independente de ser boa ou não, a ideia não serve.
Isso funciona muito.
Pode testar que funciona.
Por hoje, era isso que eu precisava dizer.

Ricardo Chester


Texto publicado por Ricardo Chester em seu perfil no LinkedIn. O PutaSacada precisou transcrever o texto para conseguir publicar no blog, por isso, se houver algum erro de digitação, pedimos desculpas.

+ Leia a entrevista que o blog fez com o Ricardo Chester.

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4 novos livros na biblioteca do PutaSacada

Criação na
propaganda impressa

Criação na Propaganda Impressa é resultado de um estudo que buscou responder a algumas das questões mais frequentes de alunos que se preparam para a profissão e mesmo de profissionais que querem entender os aspectos teóricos aplicados na propaganda.

Autor: João Vicente Cegato

A Propaganda brasileira depois
de Washington Olivetto

Minucioso estudo das campanhas de Olivetto, analisando desde os verbos e adjetivos empregados com mais frequência nos anúncios e filmes. Esta obra também explora de forma pioneira como as histórias do ‘primeiro sutiã’, do ‘garoto Bombril’ e de tantas outras campanhas de sucesso foram criadas.

Autor: João Renha

Propaganda Ilimitada
Informações preciosas aos que já estão ou pretendem ingressar nessa área. Francesc Petit acumulou em mais de 50 anos de apaixonada atividade grandes experiências que ele transmite no livro com riqueza de observações. São cerca de 30 capítulos em que trata dos mais diversos segmentos dessa indústria tão competitiva.

Autor: Francesc Petit

Mídia Impressa: como fazer um
anúncio de jornal e revista

Na hora de criar, assuma o papel do público e pense no que gostaria de ouvir sobre o produto. Quando for pensar no título, use palavras fortes, que emocionem e levem o leitor às compras. Se o veículo for um jornal, não use fontes muito pequenas ou seriadas. Um pequeno livro com grandes dicas.

Autor: Newton Cesar

Clique e confira a biblioteca completa.

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Anúncio de lançamento da agência Ad/Ag

Mais um para a categoria de anúncios institucionais de agências.
Vale o post pelo título e pelo copy.

agencias-de-propaganda-adag

Antes de mais nada, vamos pôr as cartas na mesa: nossas campanhas não receberam nenhum prêmio de propaganda. Nem dos colunistas, nem das revistas, nem mesmo de um desses clubes que gostam de premiar publicitários. Nossos anúncios não pegaram uma simples medalha de honra ao mérito.
Nessa altura, você nos perguntará: então por que essa agência não fecha? E nós lhe respondemos: elementar, meu caro cliente. Porque nós acabamos de abrí-la.
A Ad/Ag passou a existir no começo deste ano.
Nesse período tão curto já conquistamos uma porção de clientes, e fizemos uma porção de anúncios. Só que não deu tempo de inscrevê-los nos concursos de propaganda.
Mas, é bom que você saiba, nós estamos fazendo o máximo para apresentar um trabalho de agência grande.
Porque queremos ser uma grande agência o quanto antes.
E porque queremos que nossos clientes, presentes e futuros, também cresçam ainda mais conosco. E ganhem muitos prêmios.
Agora você, que já é cliente há tanto tempo, bem que podia aproveitar enquanto seus concorrentes comemora e vir conversar com a gente aqui na Ad/Ag.
Ou sua agência apresentou uma desculpa tão boa por não ter ganho nenhum prêmio pra você?

AD/AG

Diretor de criação: Ulisses Tavares

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Veja São Paulo | W/McCann

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Completamente louco | Itaú Seguros

Filme criado pela DM9 em 1993. Clássico.

Criação: Nizan Guanaes e Marcello Serpa
Criação trilha e direção de locução: Emilio Carrera
Direção de Cena: Rodolfo Vanni
Locutor: Paulo Goulart